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Aprenda com Séries #2: Rita e a fórmula para ser um bom professor

Aprenda com Séries #2: Rita e a fórmula para ser um bom professor
Maria Clara Martins
Aug. 9 - 6 min read
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Estudar não é fácil. O caminho é longo e árduo, cheio de obstáculos, tanto os acadêmicos quantos os pessoais. Entender a matéria, fazer amigos, tirar notas boas, interagir com os outros. Tudo isso demanda dedicação da parte dos alunos. Porém, quando se tem um bom professor com você nessa caminhada, tudo fica mais leve.

É essa mensagem que a série Rita, produção dinamarquesa ganhadora do prêmio de Melhor Liderança Feminina do Festival de Televisão de Monte Carlo e disponível na Netflix, quer passar para quem assiste. A série também aborda vários outros temas, como filhos, mãe solteira, drogas, sexo, mas o foco é a relação do professor com o aluno.

A Rita é mãe de três filhos, é cheia de problemas pessoais, também tem problemas amorosos, sua vida não é nada fácil. Mesmo assim ela sempre é a melhor professora nas escolas onde atua. Ela ama o que faz e o faz com excelência, o que a torna uma figura marcante, pois ela sempre luta para honrar o grande cargo que é transmitir conhecimento para alguém.

Qual a sua definição de bom professor? Você pensa em seguir essa carreira? Se sim, você precisa primeiro saber se seria um bom professor, afinal somente bons professores formam bons alunos.

O educador Marcos Meier cita 3 características principais do bom professor, as quais você precisa ter e que consagram a Rita como uma referência para seus alunos, e que eu vou enumerar aqui e agora:

1 - Vínculo

A Rita é a professora mais querida entre os alunos. Sabe por quê? Porque ela escuta o que os alunos têm a ouvir, escuta suas dores e suas paixões e busca ajudá-los. E não necessariamente eles precisam dizer algo. Suas notas e seu comportamento gritam seus problemas em alto e bom som.

É claro que o professor não tá ali pra “cuidar” de ninguém, mas ensinar vai além de só chegar na sala, escrever palavras na lousa e passar exercícios. Quando você é um bom professor você entende que ninguém aprende da mesma maneira, e que pra aprender o aluno precisa estar confortável.

E é aí que entra o vínculo. Você confiaria nas palavras de alguém que não exala confiança, que parece não te entender? Claro que não. O vínculo é a chave da relação professor-aluno. Como dizia o antropólogo Paolo Mantegazza, “mestre que não é amado pelos seus discípulos é um mau mestre.”

2 – Didática

Talvez você já tenha tido como professor aquele cara que tinha mestrado na universidade x, doutorado na universidade y, um currículo impecável, mas que ninguém conseguia aprender nada com ele. O elemento que faltava pra esse professor era a didática.

Didática é definida como a arte de transmitir conhecimentos, a técnica de ensinar. Não basta saber tudo de matemática, é preciso saber ensinar seu aluno a contar. Não basta saber escrever corretamente, é preciso saber ensinar seu aluno a escrever tão bem quanto você.

A Rita tem uma didática excelente. Se você tem facilidade de ensinar o que sabe já tá na metade do caminho pra ser um bom professor. Se você ainda tem certa dificuldade, treine isso ao máximo. Sem didática não dá!

3 – Autoridade

Não há dúvidas de que o professor é a maior autoridade dentro de uma sala de aula. Autoridade é alguém que influencia pessoas, que exerce poder sobre elas pois possui atributos que concedem esse grau de respeito. Um professor “ruim” provavelmente não tem autoridade sobre os alunos, e acaba se tornando autoritário, abusando do poder que lhe é concedido como docente e virando um inimigo em sala de aula.

O filósofo Luiz Felipe Pondé define como professor ruim aquele que não gosta da docência, que acaba sendo professor por “falta de opção” no mercado de trabalho, e que por conta disso acaba virando rígido e não consegue passar o conteúdo, tornando-se autoritário por não conseguir virar uma autoridade.

Pense nos bons professores que você teve ao longo da vida. Provavelmente eles possuíam as duas primeiras características aqui citadas: criavam vínculos com os alunos e tinham uma boa didática. E isso automaticamente os tornava autoridades. Porque ter autoridade é ter a certeza de que as pessoas confiam em você porque você é bom no que faz. E a Rita tem autoridade – muita, por sinal!

Ok Maria, você citou aqui 3 características para ser um bom professor, mas você não é professora. É direito seu falar sobre isso? 🤔

Sim. É direito meu. E seu também!

Você como aluno sabe muito bem quais professores são bons e quais não são. Não é preciso ser professor pra saber quando alguém não exerce bem o cargo. Pense: você não precisa ser médico pra saber quando um médico está sendo negligente, não é? Isso fica visível.

Todos temos direito a educação e devemos saber diferenciar quando não estamos tendo uma de boa qualidade. Mas isso não quer dizer que só os professores têm de cumprir seus deveres. Você como aluno também precisa ter respeito e disciplina, pra que as coisas fluam de maneira leve. É uma via de mão dupla.

Eu tive professoras maravilhosas que me acompanham até hoje nas minhas conquistas (professoras Lisa, Josy e Denise, essa é pra vocês!). Conquistas que só foram possíveis graças ao vínculo, a didática e à autoridade delas.

Se você almeja ser professor, foque em ser um professor bom, daquele que marca a vida dos alunos. Se você tem um professor bom, agradeça todos os dias. E se você tiver Netflix, vai lá dar uma olhadinha na Rita, garanto que você não vai se arrepender.

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Que a força da educação esteja com você! Um beijo da Maria <3

 

 

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