A primeira vez em que eu ouvi a palavra fichamento foi há uns dois anos, quando uma professora do ensino médio solicitou que os alunos entregassem uma obra "fichada".
Eu, assim como resto da turma, fiquei bem sem entender o que ela estava querendo dizer (nem me lembro qual foi o resultado desse trabalho haha).
E pensei que não ouviria mais essa palavra tão cedo.
Mas, como você já deve imaginar, eu estava enganada.
Ao entrar na faculdade (principalmente por ser um curso de humanas, o que significa muita leitura), eu passei a ouvir as pessoas falando sobre o tal fichamento com uma frequência quase absurda.
Com o tempo, fui entendendo melhor o que ele é e comecei, inclusive, a utilizá-lo em meus estudos.
Por isso, vim aqui ajudar você que também tem dúvidas sobre essa técnica e que não sabe como utilizá-la.
Vem descobrir!!
A palavra "fichamento", como o nome sugere, remete à ficha (aqueles pedaços retangulares de papel que servem para guardar informações, sabe?).
Assim, ele era um registro sobre um texto, um artigo ou livro, que era feito nessas fichas para ser consultado posteriormente.
Dessa forma, não seria necessário folhear o livro em uma outra oportunidade em busca do que você estivesse buscando, pois você poderia recorrer às suas fichas para reler as informações.
Esses registros poderiam ser de citação, textual ou bibliográfico, dependendo do que ele continha.
O primeiro deles era composto, em sua maioria, por citações da obra; no segundo, o leitor registrava uma releitura sua, quase como uma análise; e, o terceiro, apresentava definições presentes na obra.
(Fico imaginando a trabalheira que era guardar todas essas fichas em uma caixa para poder consultar mais tarde, hein!)
Porém, se você está pensando que os fichamentos caíram em desuso com o passar do tempo, tenho que te dizer que não foi bem assim que aconteceu.
A estrutura deles (apresentação de citações, definições e interpretações de uma obra) ainda é utilizada e é muito prática para organizar uma grande quantidade leituras.
Hoje, eles podem ser feitos em fichas ou no papel. Mas, ainda, um bloco de notas ou mesmo um documento no word pode virar um fichamento.
Eles facilitam a vida para nós, estudantes, pois nos permitem manter informações sobre os textos e/ou livros vamos lendo.
Ah, e eles não são um resumo não!
A intenção, ao fichar uma obra, é reter poucas informações sobre ela, de forma que você saiba onde encontrá-las mais aprofundadamente nas páginas de tal produção.
(Acredite, às vezes a minha vontade também é de fazer fichamentos de 5 páginas, risos!)
No geral, eles possuem uma estrutura com informações básicas da obra em um cabeçalho, a referência bibliográfica dela e o texto propriamente dito, que varia entre os tipos que vimos acima.
Mas, por ser um documento particular, as informações não seguem um padrão rígido.
Ou seja, a pessoa que escreveu o fichamento, o fez de uma forma que ELA encontre mais fácil os conteúdos, de acordo com a maneira que ELA se organiza.
Assim, o documento reflete os aspectos que são valorizados por cada pessoa individualmente, dependendo do que está sendo estudado.
Às vezes, pode acontecer (algo recorrente comigo) uma exceção e alguns professores podem solicitar fichamentos em suas matérias.
Nesse caso, é importante que você entenda qual é a forma que eles estão pedindo e siga aquela estrutura.
Nos outros momentos, saiba que você pode usufruir dessa ferramente e fazê-la ser sua aliada nos estudos, buscando concentrar as informações da melhor forma para você! :)
E você? Já conhecia o fichamento ou é algo totalmente novo? Ainda tem alguma dúvida sobre ele? Conte para mim, será uma prazer te ajudar!