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Vícios de artista: A borracha

Vícios de artista: A borracha
João Vitor Muniz Buarque
jun. 1 - 2 min de leitura
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Recentemente fiz uma oficina na UERJ, e o instrutor tinha apenas uma regra: nada de borracha; ou pelo menos, usar o mínimo possível ela.

E de fato, faz sentido! Eu nunca havia pensado nisso: a borracha é feita para apagar nossos erros, e assim nos acostumamos a errar, nos viciamos a isso, nos acostumamos, perdemos a confiança. 

Em arte, o processo é mais importante que o resultado. Já discuti isso em um post onde comparo arte moderna com os X-Men (como? Vá lá ler! Hahaha), talvez por isso a falta de compreensão da mesma. Mas eu acredito que para chegar no resultado onde a compreensão é vista do meio e não do resultado, antes é preciso dominar o meio.

Você não aprende a andar rápido de bicileta sem antes aprender a andar de rodinhas. Mesma coisa com a arte. Você não pode fazer, teoricamente, um traço mais estilizado dizendo ser "seu estilo" sem antes, saber no mínimo fazer uma anatomia decente. Não sou eu dizendo; é o Picasso!  “Quando eu tinha 15 anos sabia desenhar como Rafael, mas precisei de uma vida inteira para aprender a desenhar como as crianças”. É só ver as obras do artista quando jovem, ele foi descontruindo-as até encontrar seu estilo desbravador.

E a borracha? Um artista aprende errando. E apagando seus erros não se aprende. Quando pus isso em pratica, pus isso em mente, percebi o quanto posso melhorar como artista! Para desenhar sem borracha, comece com traços fracos, esboços finos, e quando for ganhando confiança nas formas, aí sim se vai formando o desenho.

A arte, como sempre, dando lições de vida. A vida refletindo a arte, ou a arte refletindo a vida?


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