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Setembro Amarelo

Setembro Amarelo
Bruna Carvalho
set. 22 - 5 min de leitura
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Vamos falar sobre saúde mental?

 

Até um tempo atrás, a depressão, ansiedade, transtorno de bipolaridade dentre outros transtornos mentais eram considerados "frescura" e ainda são até hoje por muitas pessoas.

Pois bem, já está mais do que claro que tais transtornos são doenças, assim como uma diabetes ou hipertensão fazem mal, da mesma maneira as doenças mentais também fazem mal para todo o nosso organismo.

Primeiramente é necessário falar sobre o assunto. As pessoas que passam por algo do tipo tendem a não comentar com familiares ou acham que não precisam de ajuda, podendo e devendo resolver esses problemas sozinhos. A verdade é que muitas vezes alguns problemas estão fora do nosso alcance, sendo necessária a ajuda do outro.

A seguir, irei destacar a trilha certa a se seguir quando se deparar com alguma situação do tip,o ou quando souber que algum amigo ou familiar está passando.

 

1- Identificar a situação

Você já ouviu a seguinte frase?

"Tudo bem não estar bem sempre."

Sim, é verdade! Somos humanos, imperfeitos e devemos buscar a maturidade de entender que a vida tem seus antagonismos, sendo marcada por momentos bons e ruins.

No entanto, não se sentir bem alguns momentos é diferente de não estar bem o tempo todo. Nota a diferença?

Todavia, situações inesperadas e até mesmo estranhas acontecem, mas a persistência de um sentimento ou pensamento ruim não é legal né?

Portanto...

2- Procurar ajuda.

Quantas vezes você, leitor, já lidou com algum problema que não precisava ter passado sozinho? Até onde será que a nossa cultura de fortes relacionamentos virtuais e distanciamento das pessoas interferem nas nossas ações?

Perguntas retóricas foram usadas para explicitar alguns comportamentos nossos que podem favorecer a situações indesejáveis. Dessa forma:

  • Falar com um familiar ou amigo o que se sente é um hábito muito saudável, que não necessariamente você estará passando o seu problema para o outro, mas compartilhando algo que talvez a outra pessoa já tenha tido alguma experiência parecida e saiba te orientar.
  • Procurar ajuda de um profissional: persistindo o seu mal estar mesmo após tendo compartilhado com alguém querido e por um bom tempo, pode ser necessária a ajuda de um profissional capacitado para te prestar o real apoio e tratamento necessários.

3- Vencer os preconceitos, inclusive os seus!

Procurar um psicólogo ou até mesmo um médico psiquiatra é muito mal visto pelas pessoas, sendo sinônimo de loucura.

O que muitas pessoas nunca nem pesquisaram, é que um psicólogo age com terapia como forma de interação com o paciente, enquanto o psiquiatra, que é médico, age passando alguma medicação necessária que o psicólogo não é habilitado a prescrever. 

Além disso, assim como a diabetes ou hipertensão citadas no começo são disfunções do organismo indicando o excesso ou alteração de algo, a química cerebral também sofre diversas alterações, podendo ser necessário o uso de uma medicação que só um MÉDICO poderá identificar a necessidade.

No entanto, achar que a necessidade de ajuda é loucura, nada mais é que sinônimo de ignorância sobre o assunto, portanto, se há dúvidas não julgue, PESQUISE.

Sobre o auto-julgamento, que acontece MUITO, esse tipo de pensamento só atrapalha todo o processo, colocando barreiras na frente do que poderia fluir de maneira bem mais fácil. Essas atitudes acabam levando uma pessoa que precisa de ajuda só procurar por tal quando já está num nível de saturação absurdo, o que atrasa o tratamento.

 

4- Persistir e não focar no problema

Como mencionado, algumas pessoas acabam deixando para procurar ajuda depois de um bom tempo sofrendo, atrasando todo o processo de tratamento.

Contudo, a persistência é essencial para a construção de uma resiliência, quando você achar que está no seu limite, você está muito enganado, você suporta muito mais, só não é saudável, por isso a necessidade de um tratamento adequado.

Por fim, saber que se tem um transtorno psicológico ou emocional é ideal para saber como agir e lidar com as situações. No entanto focar neles não é solução para tal. Além disso, apostar em: atividades físicas, rotina de sono saudável, distração com amigos e familiares e substituição dos pensamentos destrutivos por livros, filmes, etc, são os caminhos mais eficazes de se sair da situação momentânea. Exercitar esse desfoque e focar em outras ações são hábitos saudáveis que ajudarão aos poucos a desapegar de situações que parecem não ter saída e na criação da resiliência.

Contudo, por mais clichê que pareça, tudo é fase, tudo passa. Eu costumo dizer que você pode não saber como, mas há um jeito de sair da situação, basta persistir e buscar ajuda.

Espero ter ajudado alguém que esteja passando por algo difícil ou até mesmo como forma de prevenção desses transtornos que assombram nossa geração.

Obrigada,

                                                                                                          Colunista Bruna Carvalho Pinto.


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