Atualmente os cargos de trabalho estão mais estritos e os processos seletivos estão cada vez mais disputados, para se inserir no mercado de trabalho, é preciso estar capacitado, manter-se atualizado e buscar conhecimento profissional sempre que possível. Durante a graduação muitos estudantes se comprometem com os estudos e se envolvem com muitas atividades, porém envoltos nesta grande quantidade de práticas é possível que aspectos importantes para se inserir no mercado de trabalho sejam negligenciados, pois além dos conhecimentos teóricos, disponibilizados pelos cursos superiores, os ramos de atividade trabalhista requisitam experiências práticas.
Porém conciliar a aquisição de conhecimento teórico e experiências práticas durante a graduação é uma tarefa complexa e para alguns pode até parecer impossível, neste cenário o MEJ (Movimento Empresa Júnior) surge como uma solução perfeita, o Movimento Empresa Júnior é um empreendimento sem fins lucrativo, é uma organização composta por estudantes de graduação e sua orientação é feita pelos professores. Desta forma, através da formação de empresas juniores, os estudantes podem realizar projetos e prestar serviços, aprendendo na prática a exercer a profissão para a qual estão se formando.
Para demonstrar o quanto a participação em uma Empresa Júnior pode beneficiar a inserção no mercado de trabalho, trago dois relatos de experiências pessoais.
O primeiro feito por Helenara Duarte, graduanda do curso de zootecnia na UFPel, que manifesta as oportunidades que a participação do Movimento Empresa Júnior concede:
“Faço parte de uma empresa júnior, a ECAPE Jr - Empresa de Consultoria Agropecuária e Planejamento Estratégico Júnior, vinculada a Universidade Federal de Pelotas, nela atualmente somos 14 empresários juniores, todos movidos pelo propósito de desenvolver empreendedores comprometidos e capazes de transformar o Brasil. A empresa nos dá a oportunidade de colocar em prática o que aprendemos na sala de aula, por exemplo, fazendo amostragem de solos, projetos de irrigação, análise de matéria seca e ajuste de carga voltado para a pecuária, mas também nos permite ainda uma vivência empresarial, onde desenvolvemos liderança e temos a oportunidade de desenvolvimento pessoal, aprendendo a trabalhar em equipe e gerir setores.”
E o segundo relato, feito por Daniela Valmorbida, pós-júnior que atualmente está inserida no mercado de trabalho, que expressa o quanto sua trajetória no movimento colaborou com sua entrada no ramo de atividades trabalhista:
“Fui membro da ECAPE de 2017 a 2019, então participei de momentos bastante importantes na empresa e nessa jornada eu passei pelo marketing e pelo administrativo financeiro. Eu saí da ECAPE quando estava buscando meu estágio final da faculdade e foi bastante difícil encontrar algo que se encaixava em minhas expectativas, mas fui surpreendida ao passar em um processo seletivo de uma multinacional que valoriza e apoia muito o MEJ, então eu sou muito grata por ter feito parte de tudo isso e pelo quanto essa experiência na Empresa Júnior ajudou a me inserir no mercado de trabalho, pois após o período de estágio fui efetivada. Hoje é muito claro pra mim o quanto essa primeira atuação em um ambiente empresarial que a ECAPE proporcionou, me ajudou muito como profissional mas também como ser humano, pois além desse primeiro contato com o ambiente de trabalho nós desenvolvemos diversos projetos, treinamentos, eventos, passamos por diversas áreas e lidamos com diferentes pessoas e hoje o mercado de trabalho busca pessoas com esses diferenciais, acima até do conhecimento técnico. É muito gratificante ver o crescimento da ECAPE e saber que ela está cheia de gente boa que com certeza terão oportunidades incríveis de fazer a diferença no mercado de trabalho.”
Através desses relatos percebe-se o quanto as Empresas Juniores contribuem para o desenvolvimento de seus membros e como os conhecimentos agregados durante este percurso podem favorecer a inserção de pessoas recém formadas no mercado de trabalho.