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Não é fácil ser jovem: uma dose de compreensão em meio ao caos

Não é fácil ser jovem: uma dose de compreensão em meio ao caos
Mariana Fekete Oshima
Aug. 7 - 3 min read
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Foi-se o tempo em que juventude era definida simplesmente como uma época de curtição e poucas preocupações. Para o autor coreano Rando Kim - e para a esmagadora maioria dos jovens - os 20 e poucos anos podem ser a fase mais estressante da vida, regada a ansiedade, insegurança e dúvidas em relação a carreira e ao futuro. E é justamente essa juventude (por vezes amedrontada) que Rando procura aconselhar da maneira mais sábia e honesta possível em Não é fácil ser jovem.

Dividido em 4 partes principais e com subdivisões em capítulos curtos, Não é fácil ser jovem apresenta uma escrita dinâmica e leve, conseguindo passar sua mensagem, expondo como muitas vezes as cobranças e a "vida adulta" podem ser sufocantes, ao mesmo tempo em que conforta, mostrando caminhos que, apesar de simples, podem representar uma verdadeira luz no fim do túnel para quem está em busca de sua vocação.

 

EXPECTATIVAS X REALIDADE

Ainda que muitas pessoas venham a fazer o famoso "julgamento pela capa", o objetivo do autor não é usar de uma positividade pretensiosa, como ele mesmo bem pontua já no início da obra. Da mesma forma, além de tentar trazer certo alento em relação a escolha de carreira, sobra espaço para questões como a importância da autoconfiança, de priorizar a saúde mental, de construir relacionamentos amorosos baseados na verdadeira reciprocidade, de saber lidar principalmente com términos e eventuais decepções. Ao discorrer sobre responsabilidades, Kim não apenas oferece apoio, mas também dá certos “puxões de orelha” quando necessário, principalmente no que diz respeito a autogestão, autoconhecimento, otimização de tempo e inteligência emocional, qualidades essenciais, mas que por vezes parecem faltar.

Mais do que conselhos, o que se vê é uma espécie de alinhamento de expectativas entre uma juventude cheia de energia porém preocupada, e um mundo corporativo feroz e ainda pouco flexível.

Considerando o contexto social e época em que o livro foi escrito (Coréia do Sul, 2010), mesmo tendo uma década de existência e tratando-se de um país muito diferente do Brasil, ao longo da leitura, nota-se que as preocupações e problemas apresentados são semelhantes aos da juventude brasileira, o que de certo modo surpreende e acaba por tornar os questionamentos atemporais e universais.

 

COMPREENSÃO COMO ANTÍDOTO

Voltado especialmente para universitários em início de carreira, Não é fácil ser jovem representa um excelente panorama do que a juventude quer, procura e precisa, mantendo o equilíbrio entre doses de informação, fluidez e realidade, e sem deixar de ser, acima de tudo, acolhedor aos seus leitores.

 


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