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Lições do livro "Mais esperto que o Diabo": Resenha (Pt. 1)

Lições do livro "Mais esperto que o Diabo": Resenha (Pt. 1)
Francyne Marilia Firmes dos Santos
Aug. 16 - 7 min read
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     Você sabia que já se pensava na relação entre mindset e sucesso pessoal e profissional no início do século passado?  



     Se sua resposta foi “não”, então temos isso em comum porque eu também não fazia a menor ideia. Na verdade, descobri isso por meio da leitura do livro “Mais Esperto que o Diabo” escrito por Napoleon Hill – um dos principais teóricos do sucesso do século passado. Um detalhe interessante é que, apesar de ter sido escrito na década de 1930, o  livro só foi publicado em 2011.

     Para desenvolver suas teorias, Hill estudou durante mais de vinte anos a vida de cerca de vinte e cinco mil pessoas consideradas como “derrotadas” e mais de quinhentas consideradas como “bem-sucedidas”. O interessante é que apesar de terem sido escritas há muito tempo, muitas de suas ideias continuam atuais – o que me levou a escrever esta resenha.

     No início do livro Napoleon Hill conta que seu sucesso financeiro não foi capaz de garantir sua satisfação pessoal – o que o levou a desistir de empreendimentos lucrativos e, em consequência disso, enfrentar dificuldades financeiras. Nessa época o autor já havia feito uma extensa pesquisa com relação às causas que levam ao fracasso e ao sucesso, mas percebeu que não sabia como colocar seus ensinamentos em prática em sua própria vida. 

     Durante sua crise existencial Hill encontra uma força interior que ele chama de "outro eu" – tem uma espécie de epifania na qual descobre que tipo de trabalho o realiza profissionalmente. O trabalho em questão é aperfeiçoar sua filosofia de sucesso a qual achou que já tinha concluído.

     O autor finalmente entende que seu propósito era ajudar as pessoas a encontrarem seu próprio propósito, ou seja, ajudar outras pessoas a alcançarem sucesso. Hill vê seu momento de derrota pessoal e profissional como um momento de inflexão, ou seja, uma oportunidade de alcançar o sucesso por meio do aprendizado que a situação de adversidade proporcionou a ele.

     Após este acontecimento ele começa a trabalhar em um novo empreendimento, mas novamente o abandona devido ao sentimento de insatisfação. Começa a atuar como palestrante pregando sua filosofia de sucesso até que um evento inesperado em sua vida o deixa literalmente em uma situação de vida ou morte. 

     Esse evento lhe causa uma angústia e medo tão grandes que ele começa a se sentir fraco, desmotivado e fracassado – e, portanto, uma fraude já que ele ganhava a vida palestrando sobre como alcançar o sucesso. Hill sofre com tal perspectiva até que vislumbra seu momento de dúvidas e sentimento de fracasso como uma oportunidade de testar em sua própria vida se a filosofia que havia criado ao longo de mais de vinte anos era eficaz ou não.

     Movido pelas ordens de seu "outro eu" Hill embarca em uma viagem para a Filadélfia que supostamente o ajudaria a encontrar um meio de publicar os manuscritos que continham sua filosofia. Durante sua viagem o autor acaba por descobrir que todo o ser vivente é movido por duas entidades: o medo e a fé.

     Ele então percebe que o que ele chama de "outro eu" na verdade é a fé – um impulso que não responde ao medo e é guiado pelos desejos do indivíduo. A fé guia as pessoas para alcançarem seus desejos de maneira conveniente e lógica, portanto não desafia as leis da natureza.

     Nesse sentido, seu "outro eu" o orienta a buscar entre seus conhecidos alguém disposto a investir a quantia que ele necessitava para publicar seus manuscritos – já que este era o seu desejo. Hill encontra um investidor e pública seus livros – que acabam por vender bem. Também desenvolve um treinamento para vendedores de automóveis que lhe garante uma boa renda. Tal experiência o faz confiar de vez em seu "outro eu", a entidade que não vê a derrota como fracasso, mas sim como uma oportunidade de crescimento. 

     O autor passa a acreditar também que prestar auxílio a pessoas com problemas maiores pode ajudar os indivíduos a lidarem com suas próprias questões conforme tiram o foco de seus próprios problemas e se focam nos dos outros.

      Tudo ia bem para Hill até que veio a crise de 1929 e ele perdeu todo o seu dinheiro – assim como boa parte das pessoas ao redor do mundo. Mais uma vez, o autor se viu desmotivado e tomado pela dúvida em uma situação na qual precisaria testar se aquilo que pregava era verdadeiro. Nesse contexto é que se inicia, de fato, a entrevista com o Diabo que dá título ao livro.

     Como imagino que você já tenha percebido, este definitivamente não é um livro religioso e em minha humilde opinião, a tal entrevista com o Diabo (que vou explorar na semana que vem na próxima parte dessa resenha) é uma metáfora. 

      Os principais pontos que quero destacar aqui sobre as vivências do autor e os insights que cheguei por meio deles são: 

•    Ver as adversidades como oportunidades de crescimento: 
Hill deixa claro que nos momentos de dificuldades é importante buscar se focar no aprendizado que a situação pode nos proporcionar e utilizar tal aprendizado como “combustível” para ir além.

•    Todos nós em algum momento da vida nos sentimos fracos e desanimados:
Isso é real e acontece com todos em algum momento da vida, sem exceção. Não se cobre estar bem o tempo todo, não é realista e nem saudável. Mas atenção: não deixe que o desânimo te faça desistir dos seus objetivos! Tire um tempo para você e busque ferramentas para seguir em frente.

•    Ser bem-sucedido financeiramente não significa satisfação pessoal:
Em seu relato Hill deixa claro que apesar do ganho financeiro não estava satisfeito com seu trabalho, pois não fazia o que verdadeiramente o deixava feliz. Você já descobriu o que te deixa feliz e realizado profissionalmente? Se ainda não souber é importante que você tire um tempo para pensar sobre isso para evitar frustrações no futuro.

•    A fé:
O conceito de fé do autor é diferente do convencional, mas é bem interessante no sentido de que pode ser entendido como a coragem de seguir seus sonhos e se permitir arriscar, ainda que de maneira sensata e lógica. É não se permitir paralisar pelo medo e aprender com os momentos de dificuldade.

E aí? Você teve algum outro insight?  Comenta aí! 

Leia a parte dois da resenha nesse link aqui: https://comunidadedoestagio.com/blog/pt2

Até a próxima!
 


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