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Diário do Estagiário #3 - Meu intercâmbio ao Canadá - parte 2

Diário do Estagiário #3 - Meu intercâmbio ao Canadá - parte 2
Carlos Hung
Sep. 5 - 5 min read
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Continuando de onde parei na semana passada...

 

Finalmente em casa...

 

Cheguei então finalmente a casa da minha host family (família que ia me receber e fornecer abrigo enquanto estaria por lá) em Vancouver no Canadá.

Felizmente eles estavam em casa, no caso com a mesma informação que eu tinha que alguém ia me buscar e tudo mais, então ficaram relativamente surpresos com a minha chegada via táxi.

Fui muito bem recebido por eles, era uma família composta por 2 filhos (1 mais velho que eu, e outro próximo a minha idade) e os pais (que eram imigrantes das Filipinas).

 

Além da host family em si, eles tinham outros intercambistas na casa, uma coreana, um egípcio e um japonês (que era filho de chineses), todos bem simpáticos também.

 

Fiquei surpreso que teria o meu próprio quarto mesmo com tanta gente na casa, e o quão bem aquecido era aquele ambiente mesmo com todo o frio lá fora.

(Para não ficar repetitivo, todo ambiente fechado tinha essa questão do aquecimento também - incluindo os transportes públicos)

 


 

Transporte público em Vancouver

 

No dia seguinte já iria comparecer às aulas da escola internacional que havia sido matriculado, então acompanhei os dois irmãos que me ensinaram a andar de ônibus e "metrô" (sky train na verdade) ali na cidade.

Uma coisa bem interessante dos transportes públicos lá, é que podia-se obter um passe mensal com diferentes níveis de permissão, essencialmente funcionando assim:

  • Nível 1: parte principal da cidade e subúrbio - estações do sky train e ônibus, ai já os níveis 2 e 3 expandiam esse "limite" de estações até onde poderia ir

E esse limite nos finais de semana não existia, então acabei obtendo o passe mensal do Nível 1 mesmo, que já atendia minhas necessidades.

 

Outro fato bacana é a confiança com que eles tratam os passageiros dos transportes públicos, bastava mostrar ao motorista do ônibus o seu passe (comprado em outro ônibus ou ao entrar no sky train) ou o seu passe mensal.

Enquanto que nas estações a maior parte do dia não se pedia esse passe - catracas livres - e em horários de pico tinham monitores que pediam para mostrarem a passagem a pessoas aleatoriamente.

 

Uma coisa que pulei, antes de falar de transporte público, é também interessante mencionar a paciência e respeito que eles tem com os pedestres nas áreas residenciais.

Nessas áreas, não se tem semáforos, muito menos faixas para atravessar a rua em muitos casos, então apenas sinalizávamos para os motoristas a nossa intenção para atravessar e eles paravam.

Ambas as experiências foram um grande choque de cultura para mim, ao comparar com a minha vivência em São Paulo, realmente parecia outro mundo.

 


  

Um primeiro dia muito louco...

 

Então, depois de aprender o caminho de ida (e consequentemente o da volta), me deixaram no ponto que pegaria o ônibus para a minha escola enquanto eles foram para as deles.

Chegando lá, me deparei com um prédio que tinha o logo da minha carta e me direcionei a recepção.

Me redirecionaram para uma das salas de aula em que teríamos a introdução das aulas e do calendário letivo - bom mencionar que era apenas uma escola para aprender inglês direcionada a estrangeiros.

 

Fiquei bem surpreso com as diferenças da metodologia de ensino deles em comparação a que estava acostumada.

Minhas aulas eram totalmente separadas nas quatro grandes áreas: listening, reading, speaking e writing. E todas tinham professoras e professores distintos.

Enquanto que no Brasil eu tinha aulas que mesclavam junto todos os esses elementos (claro que às vezes focando mais um do que outro em diferentes momentos) e tínhamos apenas um professore.

 

Algo bem engraçado desse dia introdutório era chocar os "gringos" com o fato de que era brasileiro, chegaram a chutar quase todos os países do extremo leste asiático huaahuhuauha.

Outra coisa que aconteceu comigo, mas foi um choque mais geral para a instituição e para todes, era que eu tinha 13 anos, e naquela escola específica tinha um mínimo de 16 anos de idade para comparecer.

Identificaram que foi um erro da agência ou da escola ao me direcionarem para onde estava, porque a que atende pessoas com menos de 16 anos era a umas 2 cidades de distância de Vancouver.

Então depois de muita conversa ali da administração, levando em consideração o meu home stay (estar na casa da host family) e tudo mais, me deixaram ficar por lá mesmo.

 


 

Lições aprendidas

Então associando ao desenvolvimento de habilidades comportamentais esses primeiros dias, posso dizer que foram de grande importância a:

  • Adaptabilidade - tanto na questão da temperatura (próximo de 5ºC) quanto na questão das diferenças culturais
  • Autonomia - aprendi o mínimo para sobreviver a ida, já na volta da "escola" era eu e minha memória huahuahua

 

Bom, essa semana ficamos por aqui, espero que tenham gostado ^^!

Me contem aí nos comentários se querem ouvir falar sobre algum aspecto cultural ou alguma experiência que tive por lá :)


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