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Um relato sincrônico da corte aristocrática russa czarista

Um relato sincrônico da corte aristocrática russa czarista
João Vitor Muniz Buarque
ago. 19 - 2 min de leitura
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Clássico da lireratura universal, "Anna Kariênina" talvez seja a obra sobre traição extra conjugal mais famosa de todas. A personagem que dá nome ao livro, se vê abdicando de todo o renome que tem na aristocracia russa durante a era czarista em nome de um relacionamento fora do casamento, no qual ela sente que não há amor, apesar de ter um filho amado. 

Tolstoi, um dos maiores nomes da literatura universal e russa, faz aqui uma espécie do que Thomas Mann fez em "Os Buddenbrook", porém em vez de um relato diacrônico, é um relato sincrônico. O que eu quero dizer é que, para mim, ambas as obras tratam de um retrato, e em parte da decadência, de famílias aristocráticas, uma da Rússia e outra da Alemanha. 
Esse talvez seja o segundo livro mais importante de Liev Tolstoi, atrás apenas do monumental "Guerra e Paz" (que eu tenho as edições da finada editora Cosac Naify, mas que ainda não li. Um pecado, eu sei).

Tolstoi, diferente de Dostoievski, é mais amplamente admirado por ser conterrâneos russos do que Dostoiévski. Nabokov estava à parte desse pensamento. Mas claro, Dostoiévski também é um nome da literatura universal, sendo "Os Irmãos Karamazov" eleito por muitos o melhor livro já escrito, inclusive por Freud.

Ler "Anna Kariênina" é como ler uma obra de arte, acredito. Como um do Ilia Repin, onde o estilo de suas obras, o realismo, dialoga com o mesmo movimento artístico de Tolstoi em seu livro. A maestria como Tolstoi narra os simples e grandes detalhes é algo que só ele consegue. Cada palavra é uma pincelada em um quadro.


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