Em um cenário onde da noite para o dia tudo muda, escolas, universidades e centros de formação que funcionavam quase que integralmente de maneira presencial tendo de fechar as portas, mesmo que temporariamente, o dia a dia de estudantes por todo o mundo precisa de uma mudança drástica para continuar, e é aqui que entra o papel da tecnologia. O grande avanço tecnológico, cada vez maior nas últimas décadas, foi sempre questionado, como: em que sentido e em até que ponto realmente beneficia as pessoas? E creio que o momento que estamos vivenciando, a triste pandemia da Covid-19, mostra para nós como nossa vida estaria de certa forma estagnada se não fosse pela tecnologia, e não se tratando apenas de estudantes, mas também de diversos setores econômicos e até de nossas relações pessoais.
Instituições de ensino pelo mundo todo em questão de dias, mudaram completamente seus serviços de aula presenciais para aulas online, diversas plataformas e ferramentas, como o recurso Collaborate Ultra, da plataforma Blackboard, usado por Universidades como a que frequento, Universidade Anhembi Morumbi, e por escolas, como a Cruzeiro do Sul Educacional, além de outros recursos, como o Zoom e o Google Meet que também são referências para um ensino onde os estudantes e professores estão juntos, interagindo, com os cronogramas sem atrasos e conversas de seus dias, algumas vezes com as câmeras ligadas e suas imagens aparecendo, outras apenas com áudios, porém o mais importante, o ensino não foi paralisado, alunos de todas as idades tem a chance de continuar seus aprendizados. É claro que há perdas relativas, do contato com os colegas, do espaço escolar ou campus e do ensino presencial, que para muitos traz mais foco e interesse que o remoto.
Mas um ponto muito importante, é a quantidade de instituições e alunos que não possuem recursos e acessos necessários para produzir ou assistir as aulas. No Brasil, principalmente as instituições de ensino público são as que mais falham em fornecer a estudantes de baixa renda ou com residência em áreas rurais o conteúdo, muitos não possuem renda suficiente para ter Smartphones e computadores e quem dirá acesso a internet, que não é de graça né? E infelizmente, esse problema não ocorre apenas no Brasil, muitos outros países, de sua maioria com índices altos de baixa renda e baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), também possuem acesso precário a educação à distância. Portanto, gostaria de realçar que por mais incrível e benéfico que a tecnologia é para muitas pessoas, não podemos esquecer das muitas outras que não possuem essas oportunidades, por mais que pareçam pequenas para muitos, para outros são um sonho.