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Sou Uma Fraude?

Sou Uma Fraude?
Kevem Araújo
Aug. 7 - 2 min read
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É sabido que somos condicionados a acreditar na superioridade do homem branco em relação a outras etnias e gêneros. E é por isso, que em meu primeiro texto, aqui na Academia do Universitário, quero falar sobre a síndrome do impostor.

O meu primeiro contato com o termo "Síndrome do impostor'' foi em 2019. Neste ano fiz parte da empresa júnior do meu curso que é: Publicidade e Propaganda na Universidade Federal de Sergipe. Nela ocupei o cargo de diretor presidente e por muitas vezes me senti insuficiente e não merecedor de exercê-lo. Isso porque,  quase todo tempo me sentia uma fraude e tinha a sensação de que todos iriam descobrir que eu não era apto a estar naquela posição.

Se você, como eu, é uma pessoa preta, deve ter ouvido desde muito cedo que precisaria “dar o máximo de si” ou “ser duas vezes melhor” se quisesse conseguir algo na vida. Essas crenças implantadas e enraizadas afetam a nossa autoestima intelectual e a nós por inteiro, visto que o que fazemos nunca parece ser o suficiente. 

Segundo o sociólogo,  Jose A. M. Vela, “a Síndrome da Impostora corresponde a essa autopercepção pela qual uma pessoa se considera menos qualificada para uma determinada função, cargo ou desempenho que seus companheiros”. 

Apesar de não ter encontrado nada associando a síndrome com questões raciais na época, compartilhei o conceito com amigos pretos que também se identificaram. Felizmente, hoje, é possível encontrar materiais na internet que promovem o cruzamento desses marcadores sociais, raça e gênero, para explicar o fenômeno e debatermos sobre. No canal “papo de pretas”, por exemplo, há um vídeo que trata do assunto nessa perspectiva, e indico demais. 

No mais, é importante que tenhamos ciência de questões como essa que nos possibilitam dar nomes aos nossos problemas, pois dessa maneira podemos pensar em soluções. Ademais, apesar da sociedade desumanizar a nossa existência, somos humanos, temos defeitos e virtudes e isso não nos fazem piores nem melhores que ninguém.  


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