Uma obra é um clássico cult da televisão. A outra obra é um clássico cults dos jogos digitais. Estou falando de “Twin Peaks” e “Alan Wake”.
“Twin Peaks”, criada pelo diretor surrealista David Lynch e pelo roteirista Mark Frost, é uma série do início dos anos 90, com uma terceira temporada em 2017, conta as investigações (e consequências) da investigação do agente do FBI Dale Cooper sobre o assassinato da popular menina Laura Palmer na pequena cidade madeireira de Twin Peaks, misturando investigação com elementos sobrenaturais.
“Alan Wake”, da empresa Remedy (responsável pelo clássico “Max Payne” e sua continuação). de 2010, conta a história de Alan Wake, que tem que resgatar sua esposa Alice de forças sobrenaturais e das trevas na “pequena cidade madeireira” de Bight Falls.
Ambos são obras cults, de diferentes mídias. Mas o diretor criativo da Remedy, Sam Lake, com certeza se inspirou muito na obra de Lynch. O exemplo mais óbvio é a pequena cidade madeireira cercada por uma força sobrenatural.
Mas atenção spoilers a seguir!
No final do primeiro jogo, Alan descobre seu doppelganger, que seria um vilão no spin off (uma sequência que não é necessariamente uma continuação) “American Nghtmare”, de 2012; e na terceira temporada de “Twin Peaks”, nos é apresentado o Bad Cooper, doppleganger do agente Cooper apresentado no final da segunda temporada de 1992. E ambos são derrotados por um clarão de luz.
Também há, nas duas obras, uma velhinha que não se desprende de um tronco, em TP, e em uma luminária em “Alan Wake”. Além do que em ambos as obras o protagonista fica preso por anos, no hiato das produções (“Alan Wake II” está previsto para esse ano), nas dimensões sobrenaturais.
Ambas são obras cult, com paralelos semióticos.