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Quem é que escreve a nossa liberdade? ✊🏿🖤

Quem é que escreve a nossa liberdade? ✊🏿🖤
Beatriz Carvalho
Aug. 23 - 4 min read
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É possível começar falando sobre desigualdade social por raça no Brasil para chegar a um objetivo específico. Entretanto, para que se tenha legitimidade, são oriundos dados concludentes, fazendo com que iniciemos este artigo remetendo-o a um fato: o ano de 2019 foi o primeiro em séculos que negros são maioria nas universidades públicas.

Mesmo que para muitos esta conquista tenha sido vitoriosa, é evidente que não podemos esmorecer, já que em cada 10 jovens negros no Brasil 4 não terminaram ensino médio.

Segundo dados do IBGE de 13 novembro de 2019, o índice de alunos pardos e negros matriculados em universidades públicas superou a taxa de alunos brancos, alcançando 50,3%. Será que isso é o suficiente?

O estudo também aponta que outras taxas educacionais melhoraram entre a população negra desde 2016, sendo a diminuição do abandono escolar e o aumento do ingresso ao ensino superior. No entanto, quando se compara esses números com os índices da população branca, a desigualdade racial é latente.

O ingresso no ensino superior é menor para a população negra do que para a população branca. Com isso fica a pergunta, desde quando há racismo estrutural no Brasil? Sim, porque é estrutural.

O jornal da Unicamp propôs uma discussão para quem trabalha com produção de conhecimento no país na semana da consciência Negra no ano de 2019 com a seguinte pergunta, "o que pode ser feito para combater o racismo no mundo acadêmico?"

"Estudiosos como o português Boaventura de Sousa Santos, criador do termo "epistemicídio", começaram a contestar essa realidade não só entre quem poderia ou não produzir ciência e conhecimento, mas também o predomínio da ciência essencialmente Europeia. Para ele, a discriminação de povos que foram alvo de exploração colonial é uma das formas de genocídio aplicadas pelos colonizadores europeus."

No caso da população negra, essa realidade se mostra como uma das facetas do racismo estrutural de nossa sociedade. Os sinais do racismo epistêmico não aparecem apenas nas limitações ao acesso de negros nas universidades, como também, quando os conhecimentos produzidos por eles é desconhecido ou desvalorizado. 

Uma pergunta que muitos deveriam fazer e não fazem é: há professores negros, pesquisadores negros, cientistas negros e tecnologias feita por negros na sua área de atuação? Qual é sua área de atuação Negrada?!?

O título desse artigo, porém, menciona Liberdade. De onde vem essa suposta Liberdade?!

É preeminente que se toque no assunto rascismo para se chegar ao objetivo desse artigo, a resenha do livro "O diário dos escritores da Liberdade, de 1999."

 Em 1994 nos Estados Unidos, uma professora ensinou o clássico "o diário de Anne Frank" e essa mesma professora fez com que seus alunos se enxergassem e tivessem suas vozes ouvidas. E foi através de um simples diário que colocaram para fora a sua verdade, toda verdade.

Toda violência que foi revelada por esses alunos entre as gangues, a tenção da questão racial, não só de negro quanto de latinos e asiáticos, levam a uma questão muito clara, nós nos segregamos por sermos diferentes. E essa diferença  nas universidades, começam no tratamento que há por parte da gestão governamental de ensino para com seus estudantes afrodescendentes.

É recomendável assistir ao filme "escritores da Liberdade" quanto comprar e ler o livro "o diário dos escritores da Liberdade", por ser um conteúdo que nos faz fronteira com a realidade estrutural da guerra civil, a falta de oportunidades das minorias, a desvalorização da literatura negra, a institucionalização que se encontra um racismo velado, não só nos Estados Unidos, como também no nosso país, o Brasil.

Porquê não há profissionais negros atuantes no mercado em larga escala? O que acontece com todos esses negros e negras que entraram nas universidades? Será que eles conseguem concluir a faculdade? E os que conseguem, será que eles trabalham nas suas áreas de formação?!?

🕵🏾‍♀️

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