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O que você pode aprender de uma conversa com o Diabo.

O que você pode aprender de uma conversa com o Diabo.
Mariana Ferreira Zanotto
Sep. 8 - 5 min read
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Talvez você já tenha ouvido falar sobre Napoleon Hill. Ele foi escritor, empreender, assessor de presidentes norte-americanos e um dos pioneiros no estudo do comportamento humano para o sucesso e a realização pessoal.

Entre seus livros de maior sucesso estão Think and Grow Rich (Quem pensa enriquece, em português), O manuscrito original e Mais esperto que o Diabo. Este último, em especial, foi escrito em 1938 após a grande crise econômica de 1929 e antes da 2ª Guerra Mundial.

O livro aborda através de uma entrevista com o Diabo, não importando se a figura dele é fictícia ou real, as armadilhas mentais que os seres humanos criam para si mesmos, sabotando a própria liberdade e o verdadeiro potencial.

Vale ressaltar que o livro foi escrito nas primeiras décadas do século XX, ou seja, não é exatamente uma leitura “moderna” mas contém algumas lições muito valiosas e aplicáveis ao mundo em que vivemos hoje (VUCA). Então, vamos direto para o que podemos aprender com uma conversa com o Diabo.

1. Quem é e onde habita

O Diabo, quer ele seja uma figura real ou não, representa a parte negativa de cada unidade de energia mental ou física, ou seja, ele nada mais é do que os nossos pensamentos negativos e medos. A quantidade de espaço ocupada na mente de cada indivíduo depende do quanto e de que tipo de pensamento essa pessoa mantém em sua mente.

2. Alienação e Ritmo hipnótico

A alienação, como um termo jurídico é a transferência para outra pessoa de um bem ou direito, e é exatamente nesse contexto que o autor aborda essa palavra. Apontada como uma das principais causas do controle do "Diabo", e consequentemente, da não realização pessoal, a alienação é não pensar ou pensar o mínimo possível, é deixar se influenciar e controlar por circunstâncias externas à sua mente, não tomar as próprias decisões.

Assim, sem estarmos ao controle de nossas mentes, somos tomados por pensamentos negativos/medos e pela lei do ritmo hipnótico (pela força do hábito), consolidamos estes pensamentos indesejáveis, construindo barreiras para que não possamos, ou tenhamos dificuldade, de escapar deste padrão.

Ainda, segundo o autor há alguns sinais pelos quais podemos reconhecer uma mente dominada por pensamentos negativos. Alguns deles são:

  • Falta de propósito sobre a vida;
  • Falta de autoconfiança;
  • Tendência a pegar todo o atalho que puder;
  • Temperamento explosivo e falta de controle sobre suas emoções;
  • Negar-se a cooperação;
  • Mente limitada e intolerante em todos os aspectos;
  • Alta tendência a criticar os outros;
  • Querer receber muito e se doar pouco;

E por aí vai...

3. Os sete princípios para virar o jogo

A força do hábito e dos pensamentos negativos podem ser quebrados e utilizados para solidificar crenças positivas, um verdadeiro mindset de crescimento, a partir de setes princípios.

O primeiro deles é o propósito definido, um guia para todos os assuntos da nossa vida. Quando pensamos de forma livre e autodeterminada, baseando nossas decisões em pensamentos próprios, examinando fatos e conectando-os a planos definidos, a tendência a alienação é muito menor.

O domínio sobre si mesmo é o segundo princípio. A autodisciplina é indispensável, ter controle sobre as nossas emoções e nossos impulsos mais primitivos é o primeiro passo para o autodomínio.

Seguindo, temos as adversidades. Os percalços e fracassos que enfrentamos durante a vida não podem ser encarados como permanentes e estáticos. A verdade é que cada adversidade traz consigo a semente de uma vantagem equivalente, em que é necessário não desistir, pois, nas palavras de Hill:

Normalmente o sucesso está a um passo muito curto além do ponto que se desiste de lutar.

Ambiente, tempo, harmonia e precaução fecham a lista dos sete princípios. O meio consiste de todas as forças mentais, espirituais e físicas que afetam e influenciam os seres humanos (aquela velha história de que somos a média das 5 pessoas que mais convivemos, sabe?), logo devemos selecionar com muita cautela as nossas relações.

O tempo nada mais é do que a própria lei do ritmo hipnótico, a força do hábito. O lapso de tempo necessário para consolidar os pensamentos depende, principalmente, do objeto e da natureza dos pensamentos. Vale lembrar que estamos em constante mudança, podendo alternar entre o positivo e negativo de acordo com nosso próprio esforço.

O próximo princípio é a harmonia, ou seja, a tendência a nos combinarmos com as pessoas e o ambiente que estamos inseridos (a cautela que acabei de mencionar acima).

Por fim, tem-se a precaução, que nada mais é do que planejar nossos movimentos, pensar antes de agir.  Isso não significa ter medo, por que medo é um sentimento negativo e a prudência em excesso gera menos complicações do que a sua falta total.


Li este livro a pouco tempo e os aprendizados descritos aqui são apenas uma pequena parte da obra, que apesar de antiga pode ser muito bem aplicada atualmente, especialmente nesta era que estamos cada vez mais ansiosos(as), cercados de informação e mudanças.

Agora é sua vez, se você já leu Mais esperto que o Diabo ou outros livros do Napoleon Hill, me conta aqui nos comentários o que achou!


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