Entre dígitos e deletes constantes sobre como começar este texto, pude perceber o quão responsáveis somos por nossas vozes, por nossas opiniões. Talvez seja por isso que é tão difícil para algumas pessoas ter de se posicionar perante certas pessoas ou situações, uma vez que não podemos calcular o impacto que nossas falas terão, tal qual a impressão que elas ocasionarão sobre nós. Particularmente, como uma pessoa cuja habilidade de comunicação deixaria o Sheldon Cooper no chinelo, adentrar para o mercado de trabalho - ou somente na busca por um - é ter que perceber que problemas como timidez e inseguranças precisam ser bem trabalhadas internamente, pois, por experiência própria, infelizmente ninguém se destaca calado.
Por mais típico que pareça este enunciado, está é a mais pura verdade: todos nós temos uma voz. Uma voz que carrega vivências, realidades, histórias diferentes. Se ausentar desde direito de expressão é um calar constante de quem você é e o que conhece, das opiniões que possui dentro de si e do quanto, talvez, elas seriam benéficas em prol de algo, seja uma ideia para trabalho, apresentação, seja o que for. Você que, assim como eu, se viu calado perante alguma situação - seja ela qual for -, entende o quão desgastante esse sentimento pode ser.
Armazenar estes sentimentos dentro de si só impedem que a pessoa incrível que você é brilhe.
Tente começar a se expressar com aquilo que gosta. Seja sobre filmes, ou sobre algum livro favorito. Seja até mesmo sobre sua comida preferida. Converse com aqueles por quem sente conforto, e principalmente, se sinta bem com isso. É um processo gradativo, porém, muito eficaz. Reconhecer sua importância é uma das tarefas que sua autoestima precisa, verdadeiramente. O autoconhecimento que surge de si mesmo ao compreender, realmente, o que quer dizer, qual é a sua voz e como ela pode ser importante é indescritível.
O mundo precisa conhecer as pessoas que podem mudá-lo para melhor.
Compreendo que não seja uma tarefa fácil. Verdadeiramente, eu entendo. Não é intencional sentir vergonha de se expressar, assim como não é proposital sentir medo dos julgamentos alheios. São sentimentos que precisam ser respeitados, no entanto, não significa que não possam ser trabalhados, gradativamente. Entenda e reconheça sua voz, sua importância. Todos nós temos uma voz, e precisamos usa-lá da nossa maneira. Este é o nosso tempo, nosso momento. Às vezes, uma única pessoa, um único alguém, é necessário para causar o pontapé inicial para a mudança ocorrer, e quem disse que esse alguém não pode ser você?
Você é importante. Sua voz é importante. Sua voz é quem você é.
Me diz aí, já passou por uma situação assim? O que você tem a dizer? Eu juro que quero muito te ouvir.