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O lado bom dos processos seletivos

O lado bom dos processos seletivos
Alice Petry
fev. 24 - 3 min de leitura
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Não, não estou falando só dos processos seletivos nos quais você consegue a vaga! Ser reprovado neles também pode não ser tão ruim assim! Ficou curioso? Vem comigo que eu te explico!

Eu costumava detestar processos seletivos. Achava entrevistas de emprego a pior coisa do mundo! Ficava nervosa, me sentia julgada (por que será? hahaha) e ficava frustrada com perguntas muito pessoais e até mesmo sem noção dos recrutadores. Uma vez estava em uma entrevista para um cargo na área de vendas e comentei sobre a minha experiência como atriz. A recrutadora então perguntou – de uma maneira nada sutil – se eu já tinha feito o “teste do sofá”.

Infelizmente eu demorei um pouco para notar o lado positivo de todos aqueles processos exaustivos, mas há cerca de um ano fiz a minha primeira entrevista de estágio e conversei virtualmente com os donos de uma agência de marketing. Um deles comentou “O seu diferencial é a sua experiência no varejo” e foi a primeira vez que alguém me apontava aquilo. Eu não consegui a vaga, mas tive uma conversa super legal, conheci uma empresa nova tocada por gente da minha idade, notei um novo diferencial meu e pude trabalhar o meu pitch, vender meu peixe.

Na semana seguinte, em outro processo, a analista de RH me falou praticamente a mesma coisa que eu tinha ouvido na última entrevista: “É ótimo você estar trabalhando no comércio”. Depois destes dois casos, ainda tive uma entrevista em inglês via Zoom com um executivo de Nova York. Foi uma experiência muito interessante porque pude praticar o meu segundo idioma e ver como a dinâmica de fazer entrevistas era diferente em relação aos recrutadores brasileiros. É claro que depende do profissional, mas a distinção entre o americano e os demais recrutadores que conheci foi enorme e fiquei pensando na questão cultural também.

Certa vez me perguntaram se eu escrevia nas redes sociais que eu usava e eu percebi que eu precisava investir mais nisso para conquistar uma vaga semelhante àquela. Também já fiz entrevistas para grandes empresas e fiquei surpresa ao me deparar com um ambiente mais informal do que eu havia imaginado. Não que isso tenha sido bom ou ruim, mas foi legal – e até importante – ver o quanto as minhas expectativas às vezes diferem da realidade.

Conhecer outros candidatos também se tornou algo bem positivo para mim. Para muita gente, o nervosismo se multiplica ao ver as habilidades da concorrência (o que é compreensível), mas passei a ver isso como uma oportunidade de trocar com pessoas da minha área e até mesmo perceber o que eu precisava melhorar. Se eu achasse a apresentação de outro candidato melhor do que a minha, por exemplo, eu veria aspectos a serem trabalhados para a minha próxima entrevista.

Nos meus processos seletivos, pude conhecer pessoas super talentosas e empresas inspiradoras, notar o que eu precisava aprimorar profissionalmente e mostrar um pouco do meu trabalho. Isso, independente de conquistar uma vaga, é sempre muito enriquecedor.

 


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