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Mulheres na Engenharia: Desafios e Superações

Mulheres na Engenharia: Desafios e Superações
Jussara Melo
ago. 16 - 3 min de leitura
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Quebrando o patriarcado, deveríamos nos perguntar: "Qual o problema de uma mulher ser engenheira?". Realmente, não há e nunca houve problema algum, exceto o padrão cultural que durante séculos predominou no mundo, onde mulheres eram ensinadas desde a infância a serem princesas, esposas, donas de casa, mocinhas recatas que servem e cuidam dos seus maridos, os quais eram os trabalhadores e responsáveis por pensar por elas. 

A algum tempo esse padrão vem sendo quebrado, e o percentual de mulheres na engenharia assim como em qualquer outro ramo vem aumentando, mas até chegarmos onde estamos hoje superamos uma gama de dificuldades, humilhações, assédios, ouvimos muitos "NÃO" , e ainda duvidam muito de nossas capacidades devido ao nosso gênero.

Como afirma Debbie Sterling em um de seus vídeos do TedXPSU que fala sobre "Inspiring the next generation of female engineers", muitas vezes pensamos que não nos encaixamos em certos locais, ou como ela afirma "a engenharia é um verdadeiro clube do bolinha" e, por mais que essa visão venha sendo mudada aos poucos, temos que quebrar padrões diariamente tanto nas universidades como no ambiente de trabalho. Muitas vezes, é até necessário que trabalhemos e nos esforcemos o dobro para sermos reconhecidas.

Qual mulher estudante de engenharia que nunca se sentiu desconfortável, ou nunca ouviu uma piadinha de algum professor, colega de classe ou de trabalho? Aquela velha risada irônica subestimando nossa capacidade por sermos mulheres? Debbie nos dá um depoimento muito exemplar desse tipo de situação e que infelizmente acontece muito nos dias atuais, até mesmo de forma mais agressiva.

O vídeo Papel de Gênero de Rita Von Hurty em seu canal Tempero Drag, cita a forte frase "O que esperar, quando você está esperando exploração", do livro "Why Women Have Better Sex Under Socialism" de Kristen Ghodsee, crítica irônica ao livro guia para gestantes "O que esperar, quando você está esperando", ela aborda a maternidade e como "ter tudo" é impossível no capitalismo. Citando também a situação de mulheres do mercado de trabalho, diferenças salariais, assédio e descriminação. Além das situações inconvenientes diárias que podem acontecer pelo simples fato de ser mulher, tais situações pioram quando esta mulher se torna mãe. ABSURDO NÉ?

Atualmente podemos dizer que algumas questões culturais persistem e alguns padrões ainda precisam mudar, mas é notável o esforço que esta geração vem tendo para quebrar estes paradigmas, como afirma Debbie Sterling:

"Eu não me encaixo, mas nossas garotinhas vão!".

Esta geração pode não está totalmente preparada, mas vamos todas unir forças para preparar uma sociedade adequada para as nossas garotinhas.

E você, o que tem feito para quebrar padrões? Quando você fecha os olhos e pensa em um profissional de engenharia, você enxerga um homem ou mulher?

Já passou por situações de assédio ou humilhação? Conte comigo para enfrentar esta luta!

 


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