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#MixDePersonagens: a inteligência emocional dentro do ambiente de trabalho

#MixDePersonagens: a inteligência emocional dentro do ambiente de trabalho
Liliane Carvalho
Jan. 20 - 10 min read
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Inteligência Emocional é o nome que se dá ao conjunto de competências relacionadas a lidar com emoções. Especificamente, a como e o quanto se percebe, processa, compreende e tem habilidade para gerenciá-las. É um termo popularizado em 1995 com a publicação do livro “Inteligência Emocional” do autor americano Daniel Goleman.

Goleman e a relação com a Inteligência Emocional

O best-seller do nosso mais novo queridinho traz vários insights (o famoso momento eureca) sobre o tema, e um dos mais importantes, que transformou a visão sobre esse conceito, foi o fato de Daniel Goleman afirmar que o QI (quociente intelectual – aquele que geral conhece por Einsten) representa apenas 20% do necessário para se tornar uma pessoa bem sucedida, já os outros 80% restantes são formados por diferentes fatores da Inteligência Emocional que formam o QE (quociente emocional – que vamos ver alguns exemplos aqui nessa matéria).

Contextualizados sobre a Inteligência Emocional, e conhecendo o meu novo ícone de inspiração, Daniel Goleman, vamos para a parte interessante.

No #MixDePersonagens de hoje venho trazer para vocês três líderes que não tem *quase* nada a ver um com o outro, a não ser pela Inteligência Emocional em comum, que rufem os tambores para os nossos queridinhos, ou não: Capitão Raymond Holt (Brooklyn 99), Thomas Shelby (Peaky Blinders) e Ricardo Brecht (O Mecanismo).

A história de cada um deles

Vamos começar com Raymond Holt, o capitão do esquadrão da 99, uma das delegacias policiais de Nova York, personagem da série Brooklyn 99. Holt se destaca dentro do cenário pela sua personalidade um pouco fora do habitual, mas acaba ensinando e aprendendo muito com seus detetives. Policial negro, e abertamente gay, nosso “pai” capitão é rigoroso e anda sempre na linha, mas sabe como comandar a frente de uma delegacia com policiais tão diferentes, deixando sempre sua marca com um jeitinho peculiar. Ele supera os preconceitos de sua época, e é casado com Kevin Cozner, tem um cachorro super fofinho, o Cheddar.

Mudando totalmente os ares de comédia de B99, vamos para a famosa série Peaky Blinders, e o líder da gangue de Birmigham, Thomas Shelby. Tommy é o patriarca da família Shelby, serviu na Primeira Guerra como Sargento-Mor e foi condecorado por bravura, mas essas experiências o transformaram em um cara desiludido e atormentado. Todos esses problemas o deixaram como o famoso “frio e calculista”, mas isso leva os Shelby’s, e a gangue para outros patamares em uma Inglaterra que se torna menor ainda diante da ambição do líder. Muitas coisas acontecem, mas como eu sou uma pessoa gente boa não vou dar nenhum spoiler para vocês (hehe).

E por último, talvez o menos conhecido, Ricardo Brecht, um dos treze dirigentes das empreiteiras envolvidos no escândalo da Lava Jato, assunto tema da série O Mecanismo, produção brasileira da Netflix, dirigida por José Padilha (Tropa de Elite). Brecht, para quem está se perguntando, na realidade, é Marcelo Odebrecht, e assim como os fatos, na produção ele também é um cara extremamente inteligente, que sabe calcular cada um dos passos de sua vida, e de sua empresa, confiante de si mesmo, Ricardo é duro na queda, e sua base é forte. Mas ainda assim, as vezes nem o mais forte de todos consegue se salvar, só que esse é assunto para vocês assistirem né?

Levar uma vida equilibrada depende muito da forma como você compreende e gerencia suas próprias emoções e as dos outros. É sobre saber usar a razão para entender a emoção, e isso os nossos três líderes sabem bem. E para definir melhor Goleman criou um modelo de destaque.

Os cinco pilares:

- Autoconsciência (capacidade de reconhecer as próprias emoções);

- Autorregulação (capacidade de lidar com as próprias emoções);

- Automotivação (capacidade de se motivar e de se manter motivado);

- Empatia (capacidade de enxergar as situações pela perspectiva dos outros);

- Habilidades sociais (conjunto de capacidades envolvidas na interação social).

Os doze domínios:

- Autoconhecimento emocional;

- Autocontrole emocional;

- Adaptabilidade;

- Orientação para realização;

- Perspectiva positiva;

- Empatia;

- Consciência organizacional;

- Influência;

- Coach e mentoria;

- Administração de conflitos;

- Trabalho em equipe;

- Liderança inspiradora.

Dentro dessas características que o autor nos traz, já podemos perceber fortes qualidades para dominar dentro do ambiente do trabalho, e esse interesse pela Inteligência Emocional dentro dos diversos ramos vem do amplo reconhecimento dessas habilidades para se diferenciar os profissionais e líderes mais bem-sucedidos da média. Isso se faz mais verdadeiro ainda em uma função em que todos tem o mesmo nível técnico, tornando o diferencial em como as pessoas se gerenciam a si mesmos e as suas relações.

Para isso vamos seguir a linha de algumas explicações, e dicas, para entendermos melhor nossas capacidades dentro dessa inteligência.

Soft Skills e as Habilidades Sociais:

Soft skills diz respeito às habilidades que lidam com a relação e interação com outros. Daniel Goleman define o termo como “traços e comportamentos que caracterizam nossos relacionamentos com outros”. Todas as habilidades sociais podem ser aprendidas na vida, contanto que se dedique tempo, esforço e seja perseverante durante o processo.

As habilidades mais valiosas no ambiente de trabalho:

- Habilidade de comunicação

Ricardo Brecht é o exemplo da comunicação empresarial, e da forma como se deve saber lidar com o seu público, sem tremer na base diante de nada, a formalidade impressiona, mas o foco dele é conseguir usar essa comunicação em prol dos seus próprios objetivos, sejam eles bons ou não. E esse é um ponto vital em qualquer ambiente de trabalho, sendo necessário ouvir e transmitir tudo o que for necessário, levando em consideração com quem você está se comunicando

- Habilidade de cooperação

O fofíssimo capitão Holt é o exemplo da vez, dando sempre prioridade a sua equipe, e fazendo de tudo pelo esquadrão. Esse é o ponto em que diz respeito a trabalhar bem com os outros, sendo produtivo, e mantendo as relações saudáveis, fazendo com que seja uma parte importante do trabalho.

- Habilidade de formar vínculos

O rei dos negócios, Tommy Shelby, sabe muito bem como criar vínculos, e sempre apostando na maneira certa, tendo ótimos relacionamentos para os negócios, e os que não são ele mete bala, mas essa parte a gente deixa de lado. É outra coisa importante, pois oferece uma forte rede de contatos que ajudam nos negócios.

Essas habilidades formam um profissional eficiente e um grande destaque, mas também beneficiam as organizações, por isso são bastante procuradas em todas as áreas.

E quais são as formas de desenvolver essas social skills?

- Aprenda a se autorregular

“Frio e calculista” no final não é tão ruim quanto parece, assim como Shelby, controlar as emoções faz com que você se recupere rapidamente dos desafios.

Dicazinha: treinar o cérebro para lidar com as emoções.

- Aprenda a impor limites com gentileza

Raymond não deixa a desejar na educação, inclusive na gentileza, e essa técnica é sobre isso, sempre comunicar sua decisão com boa vontade e de maneira educada.

Dicazinha: quando for interrompido, pratique se fazer esta pergunta: isso pode esperar? Posso deixar de lado? Você vai ver que a resposta *quase* sempre é sim.

- Crie uma cultura pessoal de feedback

Brecht é um cara muito crânio, que sabe o que faz, e sabe como lidar com as coisas, sendo uma delas as críticas, apesar do b.o em que ele se envolve né galera? Mas é exatamente sobre isso, a cultura do feedback deve ser cultivada também na vida pessoal, para receber as avaliações e buscar a melhora.

Dicazinha: faça você mesmo uma autoavaliação de pontos positivos e negativos, metas atingidas ou não, e os motivos para isso ter acontecido.

E como desenvolver sua Inteligência Emocional?

Aqui estão 5 práticas que vão te ajudar nesse processo:

1- Transformar o autoengano em autoconsciência

A verdadeira autoconsciência consiste em conseguir ter uma visão realista dos próprios pontos fortes e fracos, sem ignorar os feedbacks negativos.

2- Transformar o foco em si próprio em foco nos outros

Em um contexto amplo se baseia em como motivar e influenciar de maneira positiva as pessoas ao seu redor.

3- Agir de forma que torne a convivência gratificante

Fazer com que a convivência com você seja recompensadora, cooperativa e amigável.

4- Controlar “explosões”

Evitar mostrar frustrações sempre que surgir um problema inesperado, e moderar na demonstração, para isso basta detectar seus gatilhos e trabalhar em táticas que o tornem consciente sobre suas emoções.

5- Mostrar humildade

A humildade presente nos líderes transmite segurança para a equipe e, no contexto profissional, é importante esconder a arrogância e mostrar essa humildade. Algumas atitudes a se considerar: acabar com o orgulho, escolher bem as brigas e procurar oportunidades para reconhecer os outros.

Espero que vocês gostem e aproveitem essas dicas, que daqui eu também já estou aproveitando, e usem essa oportunidade também para conhecer os três exemplos, e as três séries incríveis, não vão se arrepender.

Se você chegou até aqui, me conta nos comentários o que achou das dicas para Inteligência Emocional, seu feedback é importante.

Um beijo e um queijo, e até a próxima <3

Notinha de rodapé: deixo aqui meu agradecimento ao meu amor e meu parceiro, que produziu a capa desse artigo, segue o insta dele pra vocês conhecerem o trampo: @_cesaraugusto10. <3


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