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Carta aberta Megan Thee Stallion parte I

Carta aberta Megan Thee Stallion parte I
Thais Alves
Oct. 18 - 4 min read
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Megan Thee Stallion uma das maiores rapper da atualidade, trouxe em uma carta aberta um tema muito necessário nos dias atuais "a luta pela proteção das mulheres negra" além disso Megan fala sobre o recente caso em que foi alvo de disparos feito pelo Rapper Tory Lanez. 

LEMBRANDO QUE ESSE POST SERÁ DIVIDIDO EM DUAS PARTES!!!

Carta completa traduzida: 

Nas semanas que precedem a eleição, espera-se novamente que as mulheres Negras entreguem a vitória aos candidatos Democratas. Nós fomos de ser incapazes de votar legalmente para um bloco eleitor altamente cortejado — tudo em pouco mais de um século.
Apesar disso e apesar da forma como tantos abraçaram as mensagens sobre a justiça racial neste ano, as mulheres Negras ainda são constantemente desrespeitadas e desconsideradas em tantas áreas da vida.
Eu fui recentemente vítima de um ato de violência de um homem. Depois de uma festa, eu levei dois tiros enquanto andava para me afastar dele. Nós não estávamos em um relacionamento. Na verdade, eu estava chocada que fui parar naquele lugar.
Meu silêncio inicial sobre o que aconteceu foi por medo por mim e pelos meus amigos. Até como vítima, eu já fui vista com ceticismo e julgamento. A forma com que as pessoas questionaram e debateram publicamente se eu tive um papel na violência que eu mesma sofri prova que meus medos de discutir o que aconteceu eram, infelizmente, justificados.
Após muita auto-reflexão sobre aquele incidente, eu percebi que a violência contra as mulheres não é sempre conectada a estar em um relacionamento. Ao invés disso, acontece porque homens demais tratam todas as mulheres como objetos, o que os ajuda a justificar o abuso que infligem a nós quando escolhemos exercer nossa própria liberdade.
A partir do momento que começamos a navegar as complexidades da adolescência, nós sentimos o peso dessa ameaça, e o peso de expectativas contraditórias e concepções prévias mal direcionadas. Muitas de nós começam a colocar muito valor em como somos vistas por outros. Isso é se sequer formos vistas.
A questão é ainda mais intensa para mulheres Negras, que lutam contra estereótipos e são vistas como bravas ou ameaçadoras quando tentamos nos levantar e falar por nós e por nossas irmãs. Não há muito espaço para falar de forma apaixonada sobre causas se você for uma mulher Negra.
Eu recentemente usei o palco do ‘Saturday Night Live’ para repreender fortemente o procurador geral de Kentucky, Daniel Cameron, por sua conduta terrível em negar justiça a Breonna Taylor e à sua família. Eu esperava alguma repercussão: qualquer um que segue a liderança do deputado John Lewis, o saudoso gigante dos direitos civis, e causa ‘problemas bons, problemas necessários,’ corre o risco de ser atacado por aqueles confortáveis com o status quo.
Mas quer saber? Eu não tenho medo das críticas. Nós vivemos em um país onde nós temos a liberdade para criticar oficiais eleitos. E é ridículo que algumas pessoas acreditem que a simples frase ‘Proteja mulheres negras’ é controversa. Nós merecemos ser protegidas como seres humanos. E nós temos direito à nossa raiva sobre uma lista enorme de tratamentos errados e negligências que sofremos.
A taxa de mortalidade maternal para mães Negras é quase três vezes maior do que a de mães brancas, um sinal óbvio de viés racial na saúde. Em 2019, um número astronômico de 91% de pessoas transgênero ou sem conformidade de gênero que sofreram tiros fatais foram Negras, de acordo com o Human Rights Campaign.

Continua...


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