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Autossabotagem: O que é e como se livrar dela!

Autossabotagem: O que é e como se livrar dela!
Alice Petry
Feb. 1 - 4 min read
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Você já começou e saiu de uma dieta em apenas dois dias? Já deixou para fazer um trabalho da faculdade no último dia, mesmo sabendo que ia se enrolar com a entrega? E aquele relacionamento que acabou durando bem mais do que deveria?

Todos nós nos identificamos de alguma maneira com a frase “você é o seu pior inimigo” e, seja procrastinando tarefas importantes, fazendo autocríticas em excesso ou cultivando um hábito que deveria ter sido abandonado há anos, a autossabotagem pode estar te impedindo de ter a vida que você tanto deseja.

A autossabotagem acontece quando a gente, mesmo com boas intenções, prejudica a si mesmo. Às vezes nem temos consciência disso, mas também podemos estar conscientes e não ligar muito para as consequências. Os motivos pelos quais temos atitudes autodestruidoras, segundo a psicóloga americana Judy Ho, são originados da evolução da espécie humana. Como humanos, temos dois instintos para garantir a nossa sobrevivência: ganhar recompensas e evitar ameaças. Estas recompensas referem-se às sensações boas que ocorrem quando alcançamos uma meta ou evitamos ameaças, e este bem-estar não é só físico, como também emocional. Somos programados para alcançar objetivos pois isso nos faz sentir bem e essa sensação faz com o que a gente repita esses comportamentos.

Determinadas situações tensas, entretanto, como ter uma conversa difícil com o seu chefe ou dar mole para aquele carinha da academia que fica te olhando, são interpretados como problemas que ameaçam a sua sobrevivência, já que o nosso cérebro não consegue distinguir as ameaças psicológicas das físicas. Assim, quando você se sabota e deixa de fazer o que quer, você se sente bem, pois a nossa bioquímica entende isso como “evitar ameaças”. A dopamina dura pouco, porque logo depois você fica se sentindo frustrado por não ter conseguido aquela promoção que tanto merecia ou porque ainda não tem um date para o final de semana. Mas por que isso tudo acontece? A dra. Ho aponta alguns motivos:

. Baixa autoestima

. Crenças internalizadas

. Medo do desconhecido ou da mudança

. Necessidade excessiva de controle

Esses quatro pontos dizem respeito à maneira como você se vê e se relaciona com o mundo à sua volta e devem ser o seu foco de atenção na sua jornada contra a autossabotagem. Aqui vão alguns conselhos para você deixar de ser o seu próprio inimigo:

. Entenda os seus gatilhos: perceba quando você se sabota e se pergunte o que te fez agir de tal maneira.

. Se permita ser vulnerável, reconheça os seus defeitos e entenda o que você consegue e o que não consegue mudar em você mesmo. Aceite isso.

. Abrace o desconhecido e passe a encarar a mudança como algo positivo.

. Se conheça: perceba os seus traços de personalidade, o que gosta e o que não gosta.

. Fique na m**** quando for preciso: aceite os seus sentimentos ruins quando eles surgirem, eles sempre te ensinam algo (você pode saber mais sobre isso no livro A Sutil Arte de Ligar o F***-se). Veja um filme bobo, fique deitado olhando para o teto, coma besteira e faça coisas que você gosta quando não está em seus melhores dias, assim você sai deste estado sem resquícios. Se permita sentir qualquer coisa por um tempo, mas...

. Entenda que as emoções são passageiras: não caia na zona de conforto de ficar na crise durante muito tempo e entenda que nenhum sentimento dura para sempre, seja ele positivo ou não.

. Se ame, se perdoe e esteja em paz consigo mesmo: lute contra a autocrítica.

Repetindo: a batalha contra a autossabotagem é uma jornada, não espere que algo aconteça da noite para o dia. Curta o processo até você conseguir a vida que tanto deseja. Não sou um exemplo tratando-se do assunto, mas gostaria de compartilhar uma frase que eu digo a mim mesma quando me percebo prestes a me sabotar: “Vá. E se der medo, vá com medo mesmo”.


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