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"A doença das quedas": Dostoiévski e Joy Division

"A doença das quedas": Dostoiévski e Joy Division
João Vitor Muniz Buarque
Nov. 7 - 2 min read
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Fiódor Dostoiévski, um dos maiores escritores russos e mundias, autor de clássicos universais era um existencialista. As músicas da banda Joy Division, que teve curta duração, eram existencialistas. Mas além disso, o vocalista Ian Curtis e o escritor têm mais em comum: a "doença das quedas", como chamava Dostoiévski.

Trata-se da epilepsia. Dostoiévski sofreu dela, às vezes frequentes, outras vezes não. Ian Curtis se suicidou, ainda jovem, não podendo ver o sucesso de sua banda (que ele dizia que seria famosa até no Brasil; ah, se pudesse ver...), pelos cada vez mais frequentes acessos, além de problemas matrimonias.

A doença não tem cura, e resumidamente é um "atividade excessiva e anormal das células celebrais". Em sua obra, Dostoiévski representa alguns de seus personagens com o mesmo traço, como por exemplo, o protagonista de "O Idiota".  Ian Curtis passava nas letras da banda sua dor, como em "She's Lost Control", onde ele se baseou em uma garota que sofria o mesmo que ele, e que frequentava onde ele trabalhava; um dia ela parou de ir e o mesmo achou que ela havia conseguido um trabalho, para, tempos depois, descobrir que ela morrera em um ataque epilético.

Ambos os autores, seja de livros ou músicas, transmitiram suas dores, inseguranças e medos, muito causados pela doença neurológica, em suas obras. São elas sofridas, tristes, melancólicas, mas belas. Eles sempre "esperaram um guia para pegá-los pelas mãos e esperar que essas sensações pudessem fazê-los sentir sensações de um homem normal".


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